- ENÓLOGOS
Jorge Alves e Celso Pereira

Celso Pereira, 63 anos. Pai de 3: Tiago, Miguel e Quanta Terra, que completa este ano 20 primaveras.
Como qualquer outro enólogo que se preze, aventurou-se em vindimas pelo mundo, de onde podemos destacar a Califórnia, Bordéus, Austrália e claro, Portugal.

Formou-se em Engenharia Agrária pela Escola Superior Agrária de Coimbra. Pós graduado em Marketing de Vinhos pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, Celso nunca deixou de melhorar continuamente as suas valências. Acredita que um enólogo “não é, nem nunca poderá ser apenas um ‘criador’. O enólogo, para além da função primeira de criar o vinho, tem de dominar todo o ciclo de produção da vinha, estar na vinha, saber como se faz a vindima e contribuir de forma decisiva para a comercialização do produto final.”  Dito e feito. Desde que terminou a formação em engenharia que todo o seu percurso tem sido marcado por constantes trocas de experiência não só materializados em cursos, como também presença assídua em  workshops, conferências e feiras.

Algo incontornável no seu caminho, e que de forma orgulhosa o pode dizer, é que o seu nome pode confundir-se com o espumante Vértice. Vinho que veio provar que no Douro, mais uma vez, nada é impossível de se concretizar e com qualidade superior. Passados mais de 30 anos continua a ser um projecto diferente e único, pela investigação contínua na vinha,
cuidados e excelência na adega, pela postura do “Novo Mundo” (de ciência e rigor) e do qual Celso Pereira é interveniente activo como enólogo principal.

Com um percurso tão vasto e com uma atitude tão energética este será seguramente um texto que não terá tão cedo um fecho, ficando a pergunta no ar: O que se seguirá a seguir?

Jorge Alves, 46 anos. Enólogo de vocação partilha a paixão do filho Quanta Terra com o Celso.

Licenciado em Engenharia Agronómica pelo Instituto Politécnico de Bragança e Pós-Graduado em Enologia pela Universidade Católica do Porto, Jorge faz dos vinhos a sua vida, e a sua família. Literalmente. É que não só a sua mulher está igualmente ligada à área de enologia, como também o seu filho mais velho, actualmente na Universidade.

Depois do seu percurso académico terminar, ou melhor, depois de terminada a Licenciatura, já que profissionais como o Jorge nunca terminam o seu percurso – a procura por saber mais e fazer melhor é mais forte e nunca param de aprender. Prova disso, os artigos científicos que redigiu ao longo da sua carreira. – começou a trabalhar nas Caves Transmontanas, local onde conheceu Celso e onde toda esta história começa a ganhar forma.

Após este período abraça novo projecto, desta feita na Quinta do Portal, mas apenas por um ano, já que abandona para tomar as rédeas da Direcção de Enologia da Quinta do Têdo (estávamos em 1997, a dois anos do início do projecto QT), onde inclusivamente, nos dias de hoje continua a fazer parte como Sócio-Gerente.
Os anos foram passando e os projectos aumentando, dividindo o seu dia-a-dia como enólogo consultor de muitos projectos conhecidos de todos nós, tal como Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo e, mais recentemente, Vidigueira.

Olhando para trás e privando com Jorge, percebemos de imediato que isto não está perto de ficar por aqui. Iremos com toda a certeza ver novos projectos a surgir e, orgulhosamente iremos ver o Quanta Terra a crescer de acordo com o potencial que tem, muito graças aos dois enólogos.